Poesia

Ano Novo By Liége Vaz

O ano inicia com aspecto de transmutação,
Mas, a vida continua sem mudanças
Os dias seguem uma sequência rotatória
Planetária, infinita, estelar e galáctica.

Ininterrupta é a contagem das horas do relógio
Que se entremeiam ajustadas a linha do tempo
Sem se preocupar com a genialidade
Retida no calendário Gregoriano
Criação de um homem audacioso
Para satisfazer vontades cristãs.

Fogos coloridos alucinados explodem no céu
E pessoas gritam eufóricas palavras gentis
Brindam com champanhes, vinhos e outras bebidas
Se abraçam e beijam esquecendo as mágoas
Como se tudo fosse começar de um zero
De um dado matemático sem definição.

Tudo nasce em um breve instante
De um colorido olhar sonhador
Em corações que almejam por um recomeço
De nova era de grandes encontros.

Esse fervedouro de data milenar sistêmica
Registra rastros da saudade de outrora
Amanhecendo como esperança borbulhante
Nas tulipas de vidro saltitantes
Preenchidas por líquidos inebriantes.

Entretanto, é verossímil a existência de trajetória contínua
Em que cada ser humano constrói para si mesmo seus dias
Com percurso de livre consciência tempestuosa
Sem barreiras do ontem ou do hoje.

Isso é a regra do jogo da vida
tortuosa e implacável
Em cada homem é agente do seu futuro
Dos seus sucessos e fracassos
Que avançam sobre a história erigida
Sem a influência de qualquer ano novo.

-Direitos reservados Liége Vaz
Olinda,PE-BR – 01/janeiro/2018
Imagem do Google

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