Meus olhos são como asas
Que a cada piscar voam
Buscando um mundo colorido
Justo
Ético
Cheio de sentido fraternal…
Minhas pernas saltam em passos longos
Caminham por veredas encantadas
Encontram novos rumos
Trajetórias reais
Eternizadas
Portas não fechadas…
Meus braços se esticam para o infinito
Enroscam-se em ferozes abraços alados
Nunca se desgrudam do carinho
Que são impulsionados em regalo…
O mundo do meu corpo é coração pulsando
Entremeado por fitas ao vento que flutuam
Como se preso a um destino embaraçado
Mas tomando forma de lamparinas
Que se acedem no escuro…
Minhas narinas inspiram jatos quentes
Numa incógnita que se afoga no íntimo
Transformador do peito em chamas
E eclodem nos pulmões em propulsões
Buscando por suspiros saudosos…
Minha boca de palavras doces
Tem desejos simples
Degusta a vida com alegria
Saboreia todos os manjares vividos
Que são sorvidos pelo tempo que os marca…
– Liége Vaz – 09/julho/2016 – Olinda/PE-BR.
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