O tempo galopa alucinado No lombo de um corcel negro Pisoteando a areia fina da praia Espalhando as espumas do mar… O vento sopra forte E a luz do dia Veloz desaparece Dando lugar aos sons Dos galopes selvagens Que imprimem marcas Guardadas no peito. Vai longe Não pode voltar Gritos e …
O pensamento vagueia desordenado Em direção ao desconhecido norte continental Flutuando sobre montanhas Abandonado da visão do mar Riscam as planícies Chega em fundo lago Distante do salgado oceano Das ondas e marolas Serpenteia saltos em diferentes estações E um frio toca a pele Em dolorido sentimento… O corpo busca o desejo de ser tocado …
Não adianta buscar no outro Aquilo que não encontramos Em nós mesmos… A humanidade Em sua concretude rude Vive entre guerras Internas ou externas E se recente Sofrida Amargurada De serenidade e paz… A insana ausência De olhar o mundo Com visão pacificadora Adoece o espirito E os seus resquícios Se alojam no …
A vida ergue-se mortal Envolta pelo espirito Que sussurra inaudível Supremas verdades Querendo se fazer entender Por uma chama interior Que revela os caminhos Para conquistar o amor E a paz… Mas o carnal pulsa Latente e egoísta Tudo ver e consome Com olhos exteriores Torna-se mesquinho Deseja coisas palpáveis Para sentir Degustar Saborear …
O amor entra No coração Quebra partes Vitais singelas Frações minúsculas Passam ser Do outro O ser amado… Nossos desejos Deixam rastros De felicidade Sorrisos Saem livres Soltos Cantando Falando Suspirando Sentindo claro Palavras doces… O cheiro das coisas Fica diferente Tudo tem sabor Há reboliço no ar Alegria contagiante Salta dos olhos …
