Encontrei o meu amor andando na chuva,
Numa tarde cinzenta de paixão e ternura.
Seus cabelos brancos molhados, como fios de seda,
Brilhavam com o reflexo da luz prata da lua.
Seus olhos, duas pérolas escuras emolduradas,
Contemplavam o céu e toda a sua beleza.
Em meio às gotas de chuva, sua alma dançava,
Era como se o mundo parasse, só restasse nós dois.
Caminhamos lado a lado, sem destino ou pressa,
De mãos dadas, como dois amantes perdidos.
O som da chuva ecoava, como uma melodia,
Embriagando nossos corações entrelaçados.
As ruas vazias se enchiam de encanto,
E a chuva se tornava uma cúmplice de emoção.
Nossos passos deixavam marcas no asfalto molhado,
Enquanto nossos corpos se entregavam à paixão.
O amor, como uma chama acesa no peito,
Queimava intensamente, aquecendo nossas almas.
E naquele momento, sob a chuva abençoada,
Soubemos que havíamos encontrado o amor que tanto procurávamos.
A chuva caía incessante, mas não nos importávamos,
Pois estávamos envoltos em um abraço eterno.
E naquele instante, eu soube que era verdadeiro,
O amor que encontrei andando na chuva, contigo, meu amor primeiro.
Liège Vaz
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03/06/2023