Sob as gotas do céu, dança a minha alma
Na chuva que cai como serenata de encanto
Passos leves, como plumas a bailar
Numa melodia sutil, no ritmo do cantar.
Os pingos se misturam à minha pele
Sinfonia líquida que acaricia o meu ser
Cada movimento é um verso que se revela
Um poema dançante que faz o mundo florescer.
Os raios iluminam o palco celestial
Enfeitando a dança com luz e brilho
A água se transforma em espelhos cristalinos
Refletindo a magia de cada passo que trilho.
Giro e me entrego ao encanto da chuva Permitindo-me ser lavada e renovada
Em cada salto, sinto-me mais viva
Como se a vida fosse um sonho realizado.
E assim, dançando na chuva, me liberto
Esqueço tristezas e abraço a alegria
Nas gotas que caem do firmamento aberto
Encontro paz e força para seguir meu dia.
Então, que chova!
Que as lágrimas do céu caiam
Para que eu possa dançar e me reinventar
Com passos leves e sorriso nos lábios
Deixar a chuva me guiar, meu corpo bailar.
E assim, nessa dança entre sonhos e realidade
Entrego-me ao ritmo das gotas a cair
Dançando na chuva, na eternidade
Expressando a liberdade de simplesmente existir.
Liège Vaz
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