Poesia

Eu Sou By Liége Vaz

Eu sou verão de manhãs ensolaradas
De sentimentos em constantes reboliços
Vivendo de esperança todas as horas
Nesse mundo imerso no avesso

Eu sou o sino que toca nas igrejas
E no chocalho avisando os animais
Que correm na vegetação seca do sertão
Sob um céu de estrelas cintilantes.

Eu sou águas mornas acolhedoras
Das praias da minha terra querida
Que me acalma somente ao olhá-las
Das lembranças de outrora em mim.

Eu sou vento e brisa que sopra
A solidão de um tempo infinito
Que embalada por fortes desejos
Vislumbra um túnel repleto de luz…

Eu sou a cultura pernambucana
Que encanta todos que a conhecem
Enlaçada por diversidade e coloridos
Embala em rede os meus sorrisos.

Eu sou de um tempo tão distante
Que faz da saudade uma urupemba
Repleta de bibelôs e relicários
Contínuos em meus pensamentos.

Eu sou eu em mim mesma
Sem deleites nem espantos
Apenas alguém que ama a vida
Como flores que brotam em meu jardim

-Direitos reservados Líége Vaz.
Olinda,PE-BR – 27/dezembro/2017.

Imagem arquivo Pessoal

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