Poesia

Finitude By Liege Vaz

  Quanto tempo nos resta?

Para ver o inverno com as chuvas que caem

Encharcando o chão e molhando a terra seca

Trazendo a sensação do frio agasalhado

Por ventos que assobiam nas frestas das janelas…

 

Quanto tempo nos resta?

Para ver a primavera majestosa das flores coloridas,

Dos pássaros que cantam e borboletas que voam livres,

Ao sabor do cheiro dos pomares açucarados

Onde crianças brincam rolando na relva verde…

 

Quanto tempo nos resta?

Para ver o verão desabrochar no horizonte

Trazendo um Sol majestoso e brilhante

Iluminando o céu azul sem nuvens

E espelhando a imensidão do mar…

 

Quanto tempo nos resta?

Para ver o outono com árvores que desfolham

Deixando um tapete colorido de húmus pelo chão

Revitalizando os campos com seiva natural da terra

Para restaurar o ciclo que a natureza abençoa…

 

Quanto tempo nos resta?

Para ver a humanidade curvar-se para um homem holístico

Cujas diferenças intrínsecas do ser são sutis legados

Que realçam a fisiologia efêmera de uma jornada breve

Para agregar ecos de amor fraternal…

 

(Liége Vaz – 01/dez/2016 – Olinda/PE-BR)

Direitos Reservados Liége Vaz

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