Uma estrondosa vontade de ficar junto
Clama da alma em direção ao amor
Mas isso flui de um único coração
Onde o outro se mantem inerte
Cerrando com traves as tuas portas
Ao sentimento profundo…
Tudo é tão nebuloso
Incerto e superficial
De fugaz lamento
Expresso em poucas palavras
Que não se conectam
Nos outros dias…
Não sei mais de você
Nem das tuas histórias
Tudo parece um curta-metragem
De vontades que se debatem
Sem sincronia aparente
Perda de continuidade
Lembranças sem registros
Sequências soltas
Quase nada…
Não há afago de presença
Porém lapsos de ausências
Constantes e permanentes
Nem futuro a pressentir
Já não sabemos quem somos
Quase nada a descrever
Ou conhecer sobre nós mesmos
Sonhos
Desejos
Isso não tem importância
As limitações se sobrepõem
O querer firmar desse amor
Nada é mais concreto…
Nosso labirinto de ilusões cresce
E o amor começa a perder a identidade
Falta unidade
Sem reflexos conexos
Nem mesmo sei onde
Vives ou o que fazes
Onde te encontras agora?
Talvez vivendo uma outra história
Que não me cabe nos teus planos
Sinto que estamos caminhando sozinhos
Colhendo as últimas flores que restaram
Do nosso jardim…
– Liége Vaz – 03/04/2017 –Olinda/PE-BR.
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