No chão do inverno, folhas secas caíram
Meu coração, outrora verde, secou
A brisa gélida soprou sem piedade
Levando embora a esperança que restou.
Como as folhas do outono, ele murchou
As cores vivas se desbotaram no vento
E na paisagem fria do chão foi largado
Em solidão a sussurrar, um lamento triste.
O tempo vai passar, e a estação se transformará
Eu seguirei, sou resiliente, uma nova aurora virá
Mas a saudade, como um açoite cortante
Estará presente na alma, pois já não há mais floração.
Por entre os galhos nus, o sol continuará a iluminar
Trazendo promessas de renovação
Assim, também, o meu peito decepcionado
Abracará a esperança, de uma nova emoção.
E, quando enfim a primavera chegar
No chão da nova estação, ainda hei de estar
Mas, rogarei a Deus para que o meu coração venha novamente germinar
E a vida, em versos amorosos, não me deixe morrer.
Liège Vaz
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Olinda(PE) BRA – 27/07/2023