No meu mundo de criança a vida corria devagar
Havia tempo para brincadeiras e até para estudar
Correr pelos campos verdinhos do sítio da vovó
Tomar banho no rio e saltar das pedras altas
Sem pensar em medo ou qualquer risco
Felizes a se esbaldar…
Bom era ouvir as histórias da carochinha
Que a vovó toda misteriosa nos contava
No alpendre da casa bem de noitinha
Do lobisomem e da cumadre florzinha
Que ao final pedíamos que contasse de novo
Mas, bem aconchegada no colo da mamãe
Adormecia encantada com o que ouvia…
Na cidade grande a vida era mais agitada
Mas tinha-se momentos para jogar bolas de gude
Sorrindo sempre feliz com os amiguinhos
Pulando de corda e voando no imaginário
Nos balanços de cordas presos as árvores
Com liberdade até cantarolar…
A infância era agitada em época sem televisão
Não havia smartphone e nem notebooks
Jogos de vídeo games nem pensar
Também sem enlatados e nem leite de caixinha
Tudo era natural e cheio de alegria
Em todos os instantes uma nova brincadeira
Que contentes seguíamos todos juntos
Agradecendo todos os dias acordar
Para abraçar as bonecas e pular de amarelinha…
– Direitos reservados Liège Vaz
Olinda, PE/BR – 05/04/2018
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