Poesia

Nação Incrédula By Liège Va

As margens dos beirais da existência
De um povo brado, heroico e varonil
Abrem-se janelas descoloridas no tempo
Entremeadas pelos sussurros dos ventos
Que assobiam ferindo a pátria amada
Agora adormecida em porões de ratos…

No pátio verde e amarelo de sol brilhante
Folhas secas forram o chão com lágrimas
Como um manto que se estende solto
Encolhendo vidas em pleno silêncio
Que sedadas não reagem à primavera
Aprisionadas na raiz da própria voz…

Um rio de lama escorre por todos os cantos
Abrindo chagas na flâmula que tremula
Alvejada por grilhões de sofrimentos mil
Em hospitais, escolas e no trabalho
E sem o penhor da igualdade e liberdade
O peito sangra diante da imagem bela
Do cruzeiro que se tornou opaco…

A terra querida de risonhos e lindos campos
Perdeu as  flores das florestas desmatadas
O pulmão do mundo agora agoniza doente
E a Nação incrédula de joelhos roga pedidos
Clemência ao grande Deus que é brasileiro
Que afaste o mal das bases de comando
Trazendo chuvas de bênçãos e mudanças…

-Direitos reservados Liège Vaz

Olinda,PE/BR – 12/abril/2018

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