Poesia

Nordestina Matuta By Liége Vaz

Sou nordestina matuta

Nascida na terra do oxente

Do jeito simples de falar

Lugar repleto de contrastes

Do litoral ao sertão

 

Sou nordestina matuta

Mestiça de muitas raças

Negros, índios e brancos

De ecumênicas crenças

Culturas diversificadas

 

Sou nordestina matuta

Onde o mar tem águas mornas

Jangadas que enfrentam ondas

Pescadores de linhas artesanais

Se aventurando em longas pescarias

 

Sou nordestina matuta

Do chão rachado da seca

Do riacho que secou

Falta d’água para beber

Do sertanejo que insiste

Cultiva roça de feijão

Macaxeira

Batata-doce

Esperando boas chuvas

Nunca desiste…

 

Sou nordestina matuta

Das casas de farinha

Dos engenhos de açúcar

Melaço

Cachaça de cabeça

Caldo de cana com pão doce

Cocada de coco verde

Bolo de rolo…

 

Sou Nordestina Matuta

De homens valentes e destemidos

Que bravamente lutaram

Contra os invasores

E vencedores glorificaram

A terra dos altos coqueiros…

 

Sou Nordestina matuta

De grandes escritores e poetas

Dos cordéis e dos repentes

Das canções tiradas na sanfona

Festas de São João

Do forró e xaxado

Carnaval de muito frevo…

 

Sou Nordestina Matuta

Brasileira por excelência

Que ama esse torrão

Recebe de braços abertos

Pessoas de todas as regiões

Esse é nosso jeito de ser Pernambucano…

 

-Liége Vaz – 25/04/2017 – Olinda/PE-BR

 

Imagem arquivo pessoal

 

Direitos reservados Liége Vaz

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