O que não existe em concretude
Não foi criado em nenhum momento
Não foi pensado e nem idealizado
Não tem matéria viva ou inerte
Não ocupa espaço no universo
Não é sentido ou percebido
Não tem cheiro ou sabor
Não emite som aos ouvidos.
O que não existe não pode ser contextualizado
Transformado ou modificado do inteiro em partes
Não é vazio pois inexistem indícios de essência lógica
Falta-lhe qualquer fundura ou escudo raso que o molde
É ausente do plano das perspectivas e dos prismas
Não emite calor escaldante ou frio colossal siberiano
Não há pobreza em brios ou fortuna de virtudes
Não inspira sentimentos de temor ou respeito.
O que não existe orbita na plenitude do nada
Não pode ser um talvez quem sabe
Ou um isso ou aquilo a ser discutido
Nunca se fará perfeito ou imperfeito
Não há termo subjetivo ou objetivo
Capaz de lhe dar forma ou ser encerrado
Não possui luz ou escuridão abissal envolvente
É inexistente pois está desprovido de significado.
-Liége Vaz – 05/09/2017 – Olinda/PE- Brasil.
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