O Tempo passou, com suas próprias horas.
Muitos acontecimentos foram determinados por nossas ações, voluntárias ou involuntárias.
Deixamos, muitas vezes, que o destino fosse o culpado dos nossos erros… Até mesmo das loucuras que cometemos.
Porém, nunca fomos capazes de memorizar um mundo tão conturbado… Nem os próprios cientistas!
Este está repleto de características tão próprias, que não somos capazes de reconhecer qual será o momento, que tudo isto terá fim.
Estamos totalmente impotentes! Atônitos, procuramos a saída deste labirinto…
Isto é um fato! Estamos totalmente privados das nossas vidas. Aprendemos a usar máscaras, álcool gel, lavar mãos, tomar banhos constantemente, higienizar sapatos… Pior que tudo isto é “ficar em casa”.
Uma neurose instaurada no planeta…
Onde deixamos as nossas vidas, depois de março de 2020? O sentimento é que estamos em um cárcere privado. Realmente, recolhidos numa existência que não é nossa. Frustrante e de amargos delírios.
Por conseguinte, refletindo o agora, com mais lucidez e deixando de lado as mazelas, sentimos que somos mais fortes… Que haveremos de vencer todas as incongruências desta pandemia.
Pessoalmente, sinto-me como um arqueiro que busca o melhor alvo, para atirar sua flecha. Estou preenchida de ESPERANÇA, a mesma que esteve presente na minha vida, nas muitas auroras.
Sou naturalmente alegre e a continuidade pulsa forte, em meu coração. Nasci em meio a folia do Carnaval. É sábado de muito frevo e maracatus!
Cresci nas festividades do Rei Momo. Entre Recife e Olinda, seguindo os ritmos do Galo da Madrugada, do Homem da Meia-noite e tantos outros.
Quanta felicidade! Lembranças que estão eternizadas… Mas, não estou melancólica e nem tristonha.
E agora… O que fazer com tudo que o covid-19 cerceia e aprisiona da nossa liberdade?
A melhor resposta é: Vamos seguir em frente.
O Senhor da vida permitiu todos estes acontecimentos. Ele está nos mostrando exemplos de um outro tipo de convivência, tanto com a natureza, como com o nosso próximo.
Certamente o AMOR vencerá o desespero. A saudade ficará… Contudo, seremos indivíduos melhores. Talvez, menos ambiciosos e indiferentes a dor dos que sofrem.
Liège Vaz
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13/02/2021