No veneno há amor, puro e sagaz
Tentação que corrompe a alma ardente
Como flor que na peçonha se sente
Afogando-se em dor, sem nunca mais.
É doce o cálice, mas fere em paz
Entrelaçando o doce e o intransigente
Qual labirinto onde a mente se mente
E o coração se perde, em ávido afaz.
Ah, veneno! Vil substância de engano
Mentira que desvirtua a mais pura devoção
Transformando o afeto em cruel desengano.
Então, cuidado! Não te percas, não
No veneno que estraga, esfumaça mentira no ser humano
Mas o amor, nobre essência do coração.
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Olinda(PE) BRA 03/04/2024