Violão companheiro que me faz feliz
Labirinto de trânsito livre que abraço
Entre notas quentes dedilhadas sem fim
Das mãos que toca com afinação própria
Para a boca que canta palavras em versos…
Poemas escritos libertos para partituras doces
Brotando viajantes do tempo da minha alma
Vivências nuas em pedaço de papel comum
Oriundas de desertos e oásis antes entrelaçados
Carregados de arranjos para cantar…
Compassos vindos desses devaneios luminosos cintilam
O coração resgata lembranças inteiras embebecidas
Nas andanças germinadas por retalhos costurados
Alinhavados na latitude poética que vem da essência
De portas e janelas que não se fecham…
Nessa lucidez tão ajustada as estrofes do poema
O som flui majestoso do instrumento musical
Já não existem esconderijos secretos na mente
Que na leveza de um paraíso sem fantasmas
Entrelaçam poesia, violão e saudade…
– Liége Vaz -09/junho/2017 – Olinda/PE-BR
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