A noite tem estrelas na soleira da alma
Brilhando no piso da existência que vagueia
Permitindo que asas voem livremente
Buscando saciar nos gostos do hoje
Sabores antigos que estão na memória
Retidos nas gavetas das lembranças.
Um espelho translúcido como cristal
Abre-se em forma de luz incandescente
Vinda de uma lamparina acesa à beira mar
Para rechaçar as batalhas cicatrizadas
Adormecidas no ontem sem retorno certo
Como condutora do mosaico da existência.
Uma brisa quente sopra a nuca calmamente
Como em um abraço para encontrar o pouso
Trazendo o prumo de equilíbrio à vida
Que flutua em liberdade na linha do tempo
Olhando o presente sem medo de caminhar
Despertando feliz com um tênue sorriso.
-Direitos reservados Liège Vaz.
Olinda,PE/BR – 24/Junho/2018
Imagem do Google