Alguma coisa nos deixa atônitos
Sem o andarilho ímpeto voluntário
Da ansiedade do querer da própria vida
Quando bloqueamos no centro da laringe
O desejo de falar de forma simples
Aquilo que sentimos em nossa alma…
Retemos as vontades nos silêncios
Que estão imersos em nossas mentes livres
Afugentando para longe os sentimentos
Suprimindo a raridade das nossas paixões
E em noites quentes de verão sofrido
Choramos por nossa falta de coragem…
Ficar sem palavras é reprimir sonhos
Faz-nos atravessar as trilhas da existência
No fundo do quintal da felicidade plena
Plantando jardins de muitos dissabores
Em prol do que não somos ou queremos
Simplesmente para agradar outros.
Como seria bom dizer o que sentimos!
Falar claramente tudo o que pulsa em nós
Gritar aos ventos que sopram nossa razão
As verdades escondidas em sutil interior
E vivenciar todos os raros momentos
Em pleno estado de amor.
-Direitos reservados Liége Vaz
Olinda/PE-BR – 24/dezembro/2017
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