Poesia

Ser de Luz By Liége Vaz

A vida ergue-se mortal

Envolta pelo espirito

Que sussurra inaudível

Supremas verdades

Querendo se fazer entender

Por uma chama interior

Que revela os caminhos

Para conquistar o amor

E a paz…

 

Mas o carnal pulsa

Latente e egoísta

Tudo ver e consome

Com olhos exteriores

Torna-se mesquinho

Deseja coisas palpáveis

Para sentir

Degustar

Saborear

Querer

Possuir

Ter…

 

Porém o mortal se esvai imperceptível

E o tempo lhe carrega os dias

Sobejando os últimos sopros

Da vitalidade mal sonhada

E o eterno vem a fluísse

Como última verdade

Rende-se ao fim…

 

Tudo se consome

Retalhado pela terra

Em seus últimos dias

Transforma-se em pó

Sem manejo de mãos

E assistência de si…

 

O Ser de luz escapa

Livre das amarras

Que o aprisionava

Retorna à liberdade

Rumo ao caminho da sua origem

Flutua sobre a égide

Do escudo divino

Cuja espada o guiará

Ao coração generoso

De imutável amor…

 

– Liége Vaz – 04/04/2017 – Olinda/PE-BR

 

Imagem do Google – https://luznocaminho.net/2011/03/17/a-saudade-do-lar-cosmico/

Direitos reservados Liége Vaz

Você também pode gostar...