A vida ergue-se mortal
Envolta pelo espirito
Que sussurra inaudível
Supremas verdades
Querendo se fazer entender
Por uma chama interior
Que revela os caminhos
Para conquistar o amor
E a paz…
Mas o carnal pulsa
Latente e egoísta
Tudo ver e consome
Com olhos exteriores
Torna-se mesquinho
Deseja coisas palpáveis
Para sentir
Degustar
Saborear
Querer
Possuir
Ter…
Porém o mortal se esvai imperceptível
E o tempo lhe carrega os dias
Sobejando os últimos sopros
Da vitalidade mal sonhada
E o eterno vem a fluísse
Como última verdade
Rende-se ao fim…
Tudo se consome
Retalhado pela terra
Em seus últimos dias
Transforma-se em pó
Sem manejo de mãos
E assistência de si…
O Ser de luz escapa
Livre das amarras
Que o aprisionava
Retorna à liberdade
Rumo ao caminho da sua origem
Flutua sobre a égide
Do escudo divino
Cuja espada o guiará
Ao coração generoso
De imutável amor…
– Liége Vaz – 04/04/2017 – Olinda/PE-BR
Imagem do Google – https://luznocaminho.net/2011/03/17/a-saudade-do-lar-cosmico/
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