Deitada no chão frio da relva do campo
Envolvida pelas folhas secas do verão
Numa madrugada de puro silêncio
Longe do burburinho da cidade grande
Dos dias agitados de trânsito caótico
Fez-se um silêncio profundo nesse lugar
Nada a perturbar-me…
Olhos cerrados buscam na mente
Nos pensamentos que divagam
Revelações de sentimentos ocultos
Perdidos nas entranhas da alma
Em essenciais fontes cristalinas da vida
Como nascente de olho d’água que brota
Matando a sede do corpo que medita
Querendo loucamente encontrar respostas…
Uma serenata silenciosa surge no escuro
Ampliada no coração por recordações que pulsam
Remontando vivências espinhosas do passado
Que nascem das lembranças de uma canção saudosa
Trazida a memória por trajetórias antes esquecidas
De tempos longínquos de dores e tristezas
Que fazem com que os olhos lacrimejem
Sem dizer nenhuma palavra…
-Diretos reservados Liége Vaz
Olinda,PE/BR – 08/janeiro/2018
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