Crônicas

Sobre a Égide do Mal – EUA Abre Uma Nova Ordem Mundial By Liége Vaz

Ao som das muitas trombetas advindas das alucinações descontroladas dos discursos que são veiculados na mídia pelo empresário de New York Donald Trump, atual Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), assiste-se ao surgimento de uma Nova Ordem Mundial, que vem atrelada a uma desmedida fúria transloucada desse indivíduo poderoso que, ao invés de conduzir caminhos para soluções da PAZ MUNDIAL, abre espaço para a GUERRA e o fortalecimento das FORÇAS descontroladas do mal sobre a terra.

Para o mencionado “empresário” e Presidente, a culpa de tudo é do seu antecessor Barack Obama que, ao invés de somente ter traçado rotas diplomáticas para conter avanço bélico no mundo durante o seu governo, deveria ter atacado imediatamente regiões que estão violando acordos internacionais que proíbem o desenvolvimento de armamentos nucleares e químicos, cortando o mal pela raiz. Assim, OBAMA por não ter tomado medidas enérgicas para frear essas ações, crianças e adultos foram mortalmente atingidos pelo gás sarin, no início desse mês de abril, por ordem da torpe cabeça do presidente sírio, Bashar Al-Assad.

Diante desse fato, Sr. Trump autorizou um forte ataque unilateral a Síria, ao lançar 59 mísseis Tomahawk contra uma base aérea desse país, na noite de quinta-feira (6), como resposta ao uso de arma química, matando mais de 80 pessoas. Acredita-se que mais de 60 civis morreram nesse ação militar.

Em seu discurso, para justificar a sua decisão, resta evidente, inicialmente, a necessidade de resguardar todos os países de possíveis ataques terroristas, mas em seguida afirmou que a retaliação se trata de um “interesse vital da segurança nacional dos EUA”, pois ajuda a “prevenir e impedir o uso de armas químicas mortais”.

Porém, Sr. Trump esquece que o seu país é o pai das armas nucleares e químicas de grande destruição em massa… Foram os inventores norte-americanos que ensinaram ao mundo todo o poder letal das famigeradas formas de matar pessoas com crueldade e, muitas vezes, com grande agruras.

Exemplificam-se as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, especificamente no ano de 1945, por autorização do então Presidente Truman, para forçar rendição do Japão, que matou milhares de civis. Também que foram os EUA que testaram, em 1972, sobre ordem do então Presidente Nixon, após extensos bombardeios ao Laos e ao Camboja, com o início de uma das fases da guerra do Vietnã, foram usadas armas químicas, como o Fósforo Branco e o Agente Laranja, que igualmente vitimou milhares de civis, não esquecendo as bombas incendiárias…

Agora, estamos diante de uma nova arma, que faz parte do arsenal dos Estados Unidos, e os seus efeitos só perdem para a bomba nuclear. Seu nome oficial é GBU-43/B Massive Ordnance Air Blast, que vem com a sigla em inglês, MOAB, que quer dizer “Mother of all Bombs”, ou seja, “a mãe de todas as bombas”. Essa bomba foi lançada na quinta-feira (13), por militares dos EUA numa operação de combate contra o Estado Islâmico(EI) no Afeganistão, com fins de destruir túneis de proteção das forças inimigas.

Nesse sentido, estrada tortuosa traçada pelo Sr. Trump está por se cumprir, assim como seus textos desconexos e truculentos em sua página social. Ele atua como um gestor que reage por impulsos sentimentais e pessoais, sem uma preocupação maior com as vítimas civis e os próprios soldados norte-americanos (patriotas), que vão desembarcar numa nova guerra, trazendo mais baixas de veteranos para seu próprio país, a exemplo do Guerra da Coreia (1950-1953), Vietnã (1955-1976), Guerra do Golfo (1990-1991), Invasão do Afeganistão (2001-2003) e Guerra do Iraque (2003-2006).

Tudo isso está a fundir-se numa retrospectiva que se entremeia com a hedionda Guerra Fria (1945-1989), pós Segunda Guerra Mundial… Onde declarações veladas, e por vezes calorosas, ocupam espaços vitais no planeta. Numa constante verticalidade que assusta toda a humanidade.

Nesse sentido, a presença observadora da Rússia vem se mostrando diplomática e inquietante, mas sabe-se das suas pretensões de alerta geral. O Presidente Vladimir Putin tem uma forma estratégica e mandatória de tratar a questão do seu aliado Bashar Al-Assad. Assim, declarou rompido acordo com o governo norte-americano, numa demonstração de insatisfação pelo ataque ao soberano Estado Sírio.

Também, nessa nova Ordem Mundial celerada, aparece a Coreia do Norte com seu jovem ditador Kim Jong-Un, que desafia as ações do novo presidente norte-americano, enviando recados de aniquilamento dos EUA com o uso de bombas nucleares, caso seu país seja agredido pelas forças norte-americanas.

Tudo isso é muito grave!

Um homem sozinho, que acabou de assumir a presidência dos Estados Unidos da América, está provocando o início de uma catástrofe que pode tomar proporções avassaladoras. Quando, com o poder que possui de superpotência mundial, poderia tentar soluções mais pacíficas e com rotas contrárias à devastação planetária.

Contudo, apesar de todo esse foco de invasões e lançamentos de bombas e mísseis, o número de refugiados está aumentando e o desemprego nos Estados Unidos muito distante do desejado, para os anseios do povo norte-americano. No entanto, foram essas umas das principais plataformas da campanha presidencial de Donald Trump, conter a imigração de refugiados e aumentar os empregos, além de medidas contra imigrantes estrangeiros ilegais, com ênfase para os latinos e povos do oriente médio.

Mas nada parece definitivo! Somente a vontade de transformar a nação norte-americana na mais poderosa e bem armada do mundo.

Finalmente, nesse domingo de Páscoa em que os cristãos comemoram a RESSURREIÇÃO de Cristo, estamos diante de um prelúdio real de mortes e sofrimentos se aproximando, rastejando assustador por vastos caminhos de grande escuridão, em especial recaindo sobre o Oriente Médio e na Ásia.

Diante da misericórdia de Deus, Alá, Jeová, Buda, Vishnu, Oxalá, rogamos pela PAZ MUNDIAL… Numa referência ecumênica as religiões que cultuam o AMOR e a FRATERNIDADE.

Mas será que esse é o começo do Apocalipse? Cabe a reflexão!

Diretos Reservados Liége Vaz

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