Eu sou verão de ensolaradas manhãs
E inverno de chuvas breves e esparsas
Cresci na primavera de muitas flores
Desfolhei nos outonos para renascer
Correndo descalça pelos campos do tempo.
Sou gaivota que mergulha no mar
Pescando alimento para suas crias
E arrecifes que sustentam as ondas
Que mansas quebram a beira-mar
Transformando-me em espumas brancas.
Sou pluma que voa em brisa morna
Sobrevoando tênue os dias que se vão
Como a doçura de um alfenim caseiro
Que se dissolve na boca, em doce amor
Para aqueles que colorem a minha vida.
Sou abraço caloroso aos quatro ventos
Ouvido que escuta todos os sentimentos
E com destreza controla as tempestades
Buscando acalmar qualquer ressentimento
Sempre nos caminhos da união, em prol da paz.
Sou guerreira de espada em punho
Valente amazona em galope constante
Sem medo de enfrentar as lutas do mundo
Mas, curvo-me humilde diante da derrota
Aceitando as decisões mais justas.
Sou apenas isso e nada de excepcional
Uma mulher simples que observa calma
A natureza em tudo que nela se encerra
E em meditações agradece ao Criador
Que deu esta vida serena, para tudo Nele crer.
Direitos reservados Liège Vaz
Olinda,PE/BR – 14/junho/2018
Imagem arquivo pessoal
