Caminhei por desertos de espinhos longos
Que fizeram sangrar a minha carne dilacerada
Pisando nas pedras pontiagudas do chão de lama
Num tempo que transcorria sem sorrisos felizes
No poço fundo das amarguras de dor cortante.
Curvei-me sobre o céu sem o brilho dos astros
Muitas vezes olhando o vazio existencial
Procurando uma saída da escuridão…
Observei o mundo com toda a sua grandiosidade
Desenterrei os lodos que impregnavam a minha alma
Engavetados na mente sem a concretude do ânimo
Arrebatada por períodos de longa tristeza…
Então joguei-me em direção ao vazio da solidão incauta
Buscando reorganizar uma realidade de escape
Para o leito do esquecimento que me encontrava…
Reativei as memórias mais felizes da minha vida
Absorta no encantamento dessas vivências alegres
Então a luz da coroa do meio-dia brilhou no espelho da alma
Restaurando possibilidades para todas as lacunas…
Ergui-me pisando firme e sem tropeçar cambaleante
Derramei superação para os antigos males dos rios lágrimas
Corri ao encontro da felicidade…
– Liége Vaz – 01/Junho/2017 – Olinda/PE-BR
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