No meu peito há um vazio
Uma ausência que não tem fim
Um eco silencioso
Que explode dentro de mim.
É como um espaço imenso
Um abismo sem fundo
Onde as palavras se perdem
E os sentimentos se afundam.
É um vazio frio e solitário
Que me consome lentamente
Uma dor que não tem nome
Uma ferida permanente.
Tento preenchê-lo com sorrisos
Com abraços e companhia
Mas o vazio persiste
Em minha alma vazia.
Às vezes busco nas estrelas
Uma luz que me guie
Mas elas parecem distantes
E essa lacuna persiste.
Procuro respostas em cada canto
Na música, em diálogos, na poesia
Mas o vazio é meu companheiro
E ele não se esvazia.
Então aprendendo a conviver
Com esse vazio em meu ser
Aceito que faz parte de mim
E tento há anos, aprender conviver.
Pois talvez seja na ausência
Que encontro minha verdade
E mesmo com o vazio
Encontro forças na adversidade.
Assim, aceitei o vazio no meu coração
Como parte essencial da minha existência
E sigo em busca de amor sem solidão
Mesmo na permanente ausência, e em sua deliberada constância.
Liège Vaz
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